Os swaps, por outro lado, são uma operação financeira cada vez mais comum entre empresas e investidores, principalmente porque o dólar continua em alta. No entanto, não se limita às taxas de câmbio e também está relacionado a outros indicadores de mercado, como preços de commodities, inflação, taxas de juros, índices de ações e risco de crédito.
Para esclarecer os principais pontos relacionados a esse importante derivado, conversamos abaixo com o professor e coordenador financeiro do curso FIA – LABFIN.PROVAR, Marcos Piellusch.
Se você é novo no assunto ou não, vale a pena dedicar alguns minutos para ver de perto o que o mercado de investimentos está falando agora. Boa leitura!
Para aqueles que não estão familiarizados com a terminologia do mercado financeiro, como você define swaps?
Troca é troca. É como uma inversão de papéis no filme Se eu fosse você. Em uma troca, um agente que compra um produto assume uma posição e sai de outra. Uma posição é uma dependência de um ativo ou o resultado de mudanças em taxas de juros específicas, índices, preços de commodities e outros ativos nos mercados financeiros.
Se uma empresa ou investidor não quiser correr algum tipo de risco, como mudança de câmbio, faz um swap e troca a posição com outro agente (como uma instituição financeira), isentando o risco cambial, mas assumindo o custo, que poderia ser as taxas de juros. Isso é chamado de swap cambial, no qual uma empresa ou investidor protege o risco cambial e paga uma taxa de juros.
Existem outros tipos de swaps que envolvem indicadores de mercado, como preços de commodities, moedas, inflação, taxas de juros, índices do mercado de ações e até risco de crédito.
Como os swaps são semelhantes e diferentes de outros tipos de derivativos?
Por exemplo, um swap é semelhante a um contrato futuro ou contrato a termo, pois exige que os investidores cumpram suas posições. Portanto, se um investidor mantém uma posição que lhe é favorável ou é prejudicado por uma mudança no câmbio, ele não pode simplesmente desistir se a mudança for desfavorável.
Isso já diferencia swaps de opções de compra, pois tais derivativos garantem ao titular o direito de comprar ou vender um ativo a um preço específico.
Por que os swaps são uma das formas mais comuns de hedge de contratos?
Os swaps são amplamente utilizados porque permitem que investidores ou empresas reduzam o risco em troca de outra posição. Por exemplo, swaps de moedas são muito comuns porque fornecem previsibilidade às empresas. Muitos deles captam recursos em moedas estrangeiras e querem usar swaps para se proteger das altas taxas de câmbio.
Outra possibilidade é utilizar o produto quando a receita da empresa for em dólares. Nesse caso, é o declínio da moeda que não é bom para a empresa, e as perdas dessa oscilação também podem ser evitadas por meio de ações de swap.
Em ambos os casos, o objetivo é “bloquear” a cotação do dólar. Além dos movimentos cambiais, os swaps podem ser usados para proteção contra a volatilidade do índice bolsista, risco de crédito e outros riscos que podem afetar investidores e empresas.
Quais são os principais desenvolvimentos de mercado que os profissionais envolvidos em tais negociações devem estar cientes?
Os swaps, assim como diversos produtos no mercado, tornaram-se mais comuns e complexos. Cada vez mais empresas e investidores procuram esses derivativos, tanto para se proteger do risco quanto para especular.
A especulação nos mercados financeiros é uma aposta em um resultado, então, em termos gerais, sempre especulamos quando acreditamos que um resultado acontecerá e investimos.
No caso de derivativos, a especulação é necessária porque, por exemplo, se alguém quer se proteger de uma queda do Ibovespa e faz um swap, há um investidor do outro lado que acredita em queda este ano e aposta nesse resultado Então, dizemos que a especulação é necessária para levar esses produtos a empresas e investidores que queiram se proteger.
Assim como outros derivativos, os swaps estão se tornando mais comuns como uma alternativa para os investidores usarem seus ganhos. No entanto, é importante lembrar que ao assumir a posição de especulador, apostando na queda ou na alta de um ativo, o risco é alto e o investidor pode perder todo o valor investido e permanecer fortemente endividado. Como resultado, os corretores exigiram garantias em forma de dinheiro, ações e títulos, que foram congelados até o fechamento do negócio.
Fontes: labfinprovarfia.com.br